quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Bullying não é brincadeira!!!

Risadinhas de mau gosto, apelidos, cochichos, xingamentos podem provocar danos irreparáveis pelo resto da vida.
Joana tinha 13 anos e era uma das mais quietas e bem comportadas da turma. Era novata na escola, mas já colecionava alguns bons amigos. Brincava mas também queria namorar, como todas as garotas da sua idade, e pensava no futuro: queria ser médica ou advogada.
Vez por outra, algo atrapalhava a sua rotina de adolescente: por causa de uma deficiência na perna e nos lábios - consequencia de um parto a fórceps mal conduzido, percebia no fundo da sala de aula dedos apontados para ela, risadas suspeitas, palavras cochichadas.
Com o tempo, os apelidos ficaram mais claros, mais frequentes e ela identificou a origem: Rafael, também novato, também bem comportado. A professora pedia silêncio. Joana resolveu protestar, levou o caso para a diretoria e ficou acertada uma conversa com os pais dos dois.
Mas a medida teve efeito contrário, os xingamentos ficaram mais insistentes até o ponto em que ela não conseguiu mais suportar. Armada de uma faca que trouxera de casa, conseguiu golpear Rafael pelas costas. Depois empalideceu, ficou muda e só conseguiu emitir uma frase na presença dos policiais: "Eu queria matá-lo".
A história acima foi inspirada livremente no caso ocorrido semana passada em um colégio público do Alecrim, em Natal, e que chamou atenção da sociedade para um tipo de violência tão silenciosa quanto perigosa: o bullying.
Muitas vezes um apelido pode deixar os autores felizes, mas a vítima pode sofrer muito, entrar em depressão, se suicidar ou assassinar o autor do bullying. Antes de fazer uma dessas brincadeiras pense como seria se fosse você no lugar dela.

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